segunda-feira, 5 de setembro de 2016

O Judaísmo sem Templo


Após da destruição de Jerusalém e do Templo em 70 d.C. pelos exércitos de Tito, até o judeu mais pobre agora tinha que pagar a um templo pagão de Roma o meio ciclo que os Judeus piedosos antigamente pagavam cada ano para a manutenção do Templo em Jerusalém. O sumo-sacerdote e o sinédrio foram abolidos. O Judaísmo tomou a forma que mantém até aos dias de hoje: uma religião sem Templo central, sem um sacerdócio dominante e sem o seu culto sacrificial. Os saduceus desapareceram, enquanto que os fariseus e os Rabis tornaram-se líderes de um povo desabrigado que não tinha mais nada senão as suas sinagogas e a sua esperança.


Série "Ódio e Anti-semitismo"
6/11 O Judaísmo sem Templo
Extraído e adaptado de "Jerusalém, um cálice de tontear".
Dave Hunt

Como testemunho adicional à persistência do anti-semitismo e do milagre do Judaísmo sobrevivente, vamos seguir a história por mais alguns anos.

Em 130 d.C., o Imperador Romano Adriano declarou a intenção de erguer um templo a Júpiter no local onde o Templo estava anteriormente. No ano seguinte, editou um decreto proibindo a circuncisão e a educação pública da Lei Judaica. Decidido a destruir o vigor restaurador do Judaísmo, Adriano proibiu a observância do Sábado ou qualquer outra festa judaica e a demonstração pública de qualquer ritual hebraico. Um novo imposto e mais pesado foi exigido a todos os judeus, que entretanto passaram a ter permissão para ir a Jerusalém apenas em determinado dias de cada ano, onde podiam chorar diante das ruínas do seu Templo. 


O nome da cidade pagã Ália Capitolina pretendeu substituir o ancestral nome de Jerusalém, e o Templo a Júpiter e a Vénus, arenas, teatros e banhos ganharam um lugar na Cidade Santa. O concílio em Jamnia foi dissolvido e proibido; um concílio pequeno e inexpressivo foi permitido em Lídia mas a instrução pública da Lei foi proibida sob pena de morte. Apesar de todas estas proibições vários Rabis foram executados por desobedecerem a este mandamento.

Nenhum outro povo jamais sofreu um exílio tão longo ou um destino tão duro. Obrigado a permanecer fora da Sua Cidade Santa, os Judeus foram obrigados primeiro a entregá-la ao paganismo, depois ao Cristianismo (Católico Romano, convenhamos). Espalhados por todas as províncias e além, condenado à humilhação e à pobreza, detestado até pelos filósofos, eles retraíram-se dos assuntos públicos preferindo o estudo e a adoração em privado, preservando com paixão as palavras dos seus sábios, escrevendo-os nos Talmudes da Babilónia e da Terra Santa. O Judaísmo escondeu-se no medo e na obscuridade enquanto que o seu rebento, o cristianismo, saiu para conquistar o mundo.


5/11.   Os Macabeus.


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