sábado, 26 de setembro de 2015

A Festa dos Tabernáculos


O que significa Sucot?

 

Sukkot é a forma plural da palavra hebraica Sukkah, que significa uma habitação temporária, como uma tenda, cabine ou barraca. As traduções inglesas da Bíblia referem tipicamente o feriado como Festa dos Tabernáculos ou Festa das Cabanas.

A Sukkah representa as habitações temporárias em que os israelitas viveram peregrinando no deserto depois que o Senhor os tirou do Egipto.

Onde Sukkot aparece na Bíblia?

A Lei faz referência à Festa do Sukkot em muitas ocasiões. Em primeiro lugar refere como a Festa das Colheitas (Hag Ha'Asif) quando a nação de Israel celebrou a conclusão do período da colheita.

“Também guardarás a festa da sega, a das primícias do teu trabalho, que houveres semeado no campo; igualmente guardarás a festa da colheita à saída do ano, quando tiveres colhido do campo os frutos do teu trabalho.” Êxodo 23:16

“Também guardarás a festa das semanas, que é a festa das primícias da ceifa do trigo, e a festa da colheita no fim do ano.” Êxodo 34:22

Deus designou a Festa como uma das três peregrinações festivais em que os israelitas deveriam subir até Jerusalém para celebrar o feriado do templo.

“Três vezes no ano todos os teus homens aparecerão perante o Senhor teu Deus, no lugar que ele escolher: na festa dos pães ázimos, na festa das semanas, e na festa dos tabernáculos. Não aparecerão vazios perante o Senhor.” Deuteronómio 16:16

Estas referências bíblicas demonstram a associação entre a festa e o fim das colheitas no contexto agrário do antigo Israel.

Mais tarde, a Torah, refere-se ao feriado como Festa dos Tabernáculos, Hag Sukkot.

“Disse mais o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel, dizendo: Desde o dia quinze desse sétimo mês haverá a festa dos tabernáculos ao Senhor por sete dias. No primeiro dia haverá santa convocação; nenhum trabalho servil fareis.” Levítico 23:33-36

“E celebraram a festa dos tabernáculos como está escrito, e ofereceram holocaustos diários segundo o número ordenado para cada dia.” Esdras 3:4

A mesma secção das escrituras também descreve simplesmente como a Festa do Senhor. (Levítico 23:39) Nesta passagem, Deus instrui Israel para celebrar a festa por sete dias começando no 15º dia do 7º mês. Apesar de Tishri (o mês do Sukkot) ser o primeiro mês no calendário judaico moderno, na verdade corresponde ao sétimo Mês do calendário bíblico. A mesma passagem acrescenta um oitavo dia adicional à festa como uma assembleia solene.

“Por sete dias oferecereis ofertas queimadas ao Senhor; ao oitavo dia tereis santa convocação, e oferecereis oferta queimada ao Senhor; será uma assembleia solene; nenhum trabalho servil fareis.” Levítico 23:36 O Judaísmo refere-se a este feriado como asShemini Atzeret, que significa a “assembleia do oitavo dia”.

Durante a celebração festiva, a nação apresenta um certo tipo de ofertas a Deus. O livro de Números dá-nos uma descrição detalhada dos sacrifícios da Templo para cada um dos oito dias da festa. (Num. 29:12-39). Deus também instrui Israel a reunir uma amostra de quarto espécies de plantas para usar como apetrecho na celebração do Templo.

“No primeiro dia tomareis para vós o fruto de árvores formosas, folhas de palmeiras, ramos de árvores frondosas e salgueiros de ribeiras; e vos alegrareis perante o Senhor vosso Deus por sete dias.” Levítico 23:40

Mais tarde a tradição Judaica identificou estas espécies como o “etrog” (um citrino ou limão), o “lulav” (uma folha de palmeira), o “hadas” (um ramo de murta) e “aravah” (um ramo de salgueiro). Presentemente, estas três últimas espécies, palmeira, murta, e salgueiro são atadas e o conjunto é conhecido pelo nome da palmeira – lulav.

Durante todo o Sukkot, as comunidades judaicas acenam as três espécies juntamente com o limão numa cerimónia especial que pode ocorrer na sinagoga, numa cabana, ou em casa.

A Bíblia também alude ao evento como a “festa do sétimo mês” ou simplesmente chamando-lhe “festa”.

(Juízes 21:19; I Reis 8:2, 65; II Crónicas 5:3, 7:8; Ezequiel 45:25; Neemias 8:14).

No Novo Testamento a Festa é descrita em João no capítulo 7 onde Jesus celebra a festa dos Tabernáculos em Jerusalém.
Quando ocorre a festa?

Sukkot começa no dia 15 do mês judaico Tishri, este ano (2015) no Domingo. Atendendo a que o dia Judaico começa com o pôr-do-sol, a festa começa ao final do dia 14 e continua por 7 dias até ao pôr-do-sol a seguir ao 21º dia do mês Tishri.

 

Adicionalmente ao Shemini Atzeret, a assembleia solene do oitavo dia, no 22º dia de Tishri adicionou-se um nono dia de festa. Em Israel, Simchat Torah ocorre no mesmo dia de Shemini Atzeret, mas fora de das instruções bíblicas. Simchat Torah é uma celebraçao separada tornando a festa em nove dias.

O que é que Sukkot celebra?

 

As escrituras originais, no que diz respeito a Sukkot, sugerem que a festa comece com uma celebração de fim da colheita. O ritual de libação com água, que teve lugar nos tempo bíblicos, é em forma de petição pelo início da estação das chuvas, para que Deus que providencie à nação, no ano que começa, com uma colheita abundante.

 

A Sukkah, a estrutura temporária construída para a festa, lembra ao povo Judeu como os seus ancestrais viveram temporariamente em habitações enquanto peregrinaram no deserto em direção à terra de Israel.
Acenando com o Lulav e o Etrog, as quatro espécies, pretende lembrar-se que Deus está em todo o lugar. Todos os dias durante a festa, o povo Judeu acena as quatro espécies em seis direcções: ocidente, oriente, norte, sul, para cima e para baixo.
Finalmente, com a adição do dia Simchat Torah, celebra-se a Lei. Durante este dia, a comunidade Judaica dança com a Torah na Sinagoga. Ao longo do ano, todos os anos, a comunidade judaica lê todos os cinco livros da Lei – a Torah – em porções semanais. Simchat Torah completa e começa o ciclo de leituras, significando que a última leitura de Deuteronómio é seguida pelo início da leitura no início de Génesis. A natureza do ciclo de leitura sugere que a Torah, o ensino do Senhor, que não tem princípio nem fim.
Como se observava o Sukkot no antigo Israel?
Durante os dias em que havia o templo, a nação de Israel oferecia sacrifícios ao Senhor todos os dias da semana da Festa. (Números 29:12-39). Uma vez que Sukkot era uma das três peregrinações festivas, peregrinos de todo o Médio Oriente viajavam até Jerusalém para celebrar a Festa.
No primeiro século, os sacerdotes enchiam uma jarro de água do tanque de Siloé, faziam um desfile jubiloso até ao Monte do templo e derramavam a água no altar. Esta cerimónia repetia-se todos os dias da festa até ao último dia.
O acto de derramar a água expressava a esperança de Israel por futuras chuvas, uma boa produção agrícola e uma colheita abundante. De acordo com o Talmud, esta tradição deriva de Isaías 13:3 que diz: “… com alegria tirareis águas das fontes da salvação”.
O último dia de Sukkot, possivelmente, no momento em que decorria esta procissão Jesus colocou-se no meio do Templo e declarou: “Ora, no seu último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva.” João 7:37-38   
E quando ele disse isto alguns disseram: “Este é o Cristo! João 7:41

Tal como é praticado hoje, o povo judeu constrói habitações temporárias, conhecidas como sukkot, para habitarem durante a festa e também participam no templo acenando com as quatro espécies, o ramo “lulav”.

Quais sãos as tradições modernas de Sukkot?


A principal tradição da festa Sukkot é construir uma estrutura temporária, conhecida com Sukkah. A Sukkah pode ser feita de diferentes materiais, apesar da tradição judaica regular que deve parecer-se com uma construção provisória. Cada sukkah deve ter pelo menos duas paredes, porque os seus residentes devem “habitar” ma estrutura durante uma semana.

A tradição define “habitar” como comer dentro dela as refeições diárias mas também é vulgar alguns dormirem na sukkah quando o clima é compatível com essa possibilidade.

O topo da sukkah é coberto com material vegetal como ramos de palmeiras. O tecto deve permitir que os habitantes vejam as estrelas quando estão dentro da sukkah, de forma a lembrarem-se da jornada dos israelitas no deserto. É costume convidar amigos para se juntarem na celebração da sukkah. As boas vindas aos convidados lembra a hospitalidade de Abraão quando recebeu os anjos na sua tenda.

Porque ainda celebramos as Festas do Antigo Testamento como a Sukkot?


Acreditamos que o Messias Jesus deu-nos liberdade para celebrar estes dias do mesmo modo que podemos não o fazer. Cada uma das festas mencionadas em Levítico 23 aponta para a primeira e segunda vinda de Jesus. Então, ao celebrarmos estes Dias Sagrados apresentamos uma grande oportunidade para atrair atenção para o Messias.
De acordo com Zacarias, quando o Messias estabelecer o seu Reino, todas as nações seriam atraídas a Jerusalém para adorar o Senhor em Sukkot. (Zacarias 14)
Desde o início que Sukkot aponta para a vinda do Messias. A celebração do Sukkot é uma grande oportunidade de para partilhar com a comunidade Judaica como Jesus, o Jesus Messias, já veio, e como Ele prometeu que voltaria para estabelecer o seu Reino eterno em Jerusalém.
Sukkot tem alguma importância profética?
O profeta Zacarias fala de um tempo em que Deus lutará e defenderá o Seu povo quando as nações se reunirem contra Israel (Zacarias 14:1-9) Quando Deus finalmente estabelecer a paz, todas as nações subirão a Jerusalém para adorar durante a Festa de Sukkot. (Zacarias 14:16) Ainda, Deus prometeu reter as chuvas às nações que não O honrarem em Jerusalém. (14:17-19 ) Sukkot aponta para o dia quando Deus estabelecerá o seu Reino e todas as nações se juntarão para O adorarem.
Pedro provavelmente alude a esta Festa quando Jesus aparece na Sua glória ao lado de Moisés e Elias no cimo da montanha (Mateus 17:1-13; Marcos 9:2-13; Lucas 9:28-36). Pedro sugere a Jesus que se construam três tendas – requisito essencial para que Jesus estabeleça o seu reino.

Quando Jesus montou um burro ao entrar em Jerusalém, antes da Páscoa, as multidões reuniram-se para o aclamar e colocaram ramos de palmeira ao longo da estrada proclamando “bendito é o Rei de Israel”, um título Messiânico, expressando a sua esperança no Reino Messiânico que viria.
Sukkot aponta para o dia em que Deus habitará outra vez no meio do Seu povo como Messias. Quando João apresenta Jesus como o Messias, ele diz: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigénito do Pai.” João 1:14 
A Festa dos Tabernáculos também aponta para o retorno do nosso Messias e o estabelecimento do Seu Reino.
Fonte:
http://www.chosenpeople.com/main/index.php/holidays-and-festivals/634-sukkot-faq?utm_source=Facebook&utm_medium=Facebook&utm_campaign=SukkotFAQ








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