sábado, 29 de agosto de 2015

Carta de um palestino

Circulou durante algum tempo na internet, especialmente por e-mail, este texto:

"Amigos,


Meu nome é Achmed Assef, sou palestino e atualmente vivo no Brasil.

Desde que, novamente, se iniciaram os conflitos no Oriente Médio, não se fala em outra coisa a não ser desta guerra infeliz que faz tantas vitimas nos dois lados.

Nasci na Palestina, um país que não existe oficialmente. Quando a situação ficou insustentável para minha família, tivemos o feliz e sagrado convite de um amigo de meus pais para virmos para o Brasil, e desde meus 5 anos de idade que moro neste lindo pais acolhedor.

Quando digo que a situação na Palestina ficou insustentável, não me estou a referir aos inúmeros conflitos com o exército de Israel ou os religiosos judeus que mantinham suas casas lindas em território palestino, e que hoje essas mesmas casas foram tomadas a força pelos terroristas, mas sim de uma insustentabilidade provocada pelos próprios "governantes" palestinos em todos estes anos.

Para quem está no Brasil ou qualquer outro lugar do mundo, na segurança do seu lar e da sua vizinhança nunca vai conseguir imaginar como é viver em Gaza. Quando me lembro da minha breve infância nas cidades em que vivi, dá-me um aperto no coração e vontade de chorar. Também, ninguém que está no conforto dos seus lares também a receber milhares de informações, fotos e noticias do atual conflito pode imaginar também o que é sentir-se traído por aqueles que se intitulam lideres palestinos.

Os lideres palestinos nunca quiseram um Estado. E eu posso falar isso em alto e bom tom, porque é uma verdade. Se o quisessem teriam-no criado antes de 1948, quando ainda não existia o Estado de Israel; se o quisessem teriam-no feito em 1948 quando a ONU decidiu pela criação de dois Estados! Mas os nossos "grandes" líderes preferiram incitar o povo à violência e lutar contra os judeus ao invés de fazer pressão por um estado palestino viável.

Quanto aos territórios chamados "ocupados por Israel", os líderes palestinos, 
e que hoje estão em sua grande maioria sob a nossa administração, não quiseram um Estado palestino. O que dizer então da escalada de violência conhecida como a segnda intifada causada pelo "grande líder" Arafat que em 2000 rejeitou o melhor acordo de paz de todos os tempos proposto pelo primeiro ministro israelita Ehud Barak? Ao contrário, e mais uma vez, incitou o povo palestino à violência e a brutalidade através de homens-bomba, enquanto a família do Sr. Arafat vivia com regalias, mordomias e riquezas em Paris, fruto de doações dignas estrangeiras mas que nunca chegaram ao povo sofrido da Palestina!
Ao invés de comprar comida, água, remédios e oferecer uma vida digna e boa ao povo palestino, os nossos lideres preferiram o caminho da violência, da brutalidade e da estupidez promovendo o ódio e a discriminação contra o povo judeu, que se não são anjos, mas também não são demónios, como pregam nossos lideres.

As mesmas crianças que hoje morrem inocentemente no colo de suas mães, são as mesmas que recebem educação militar desde cedo para odiar Israel e o povo judeu. Ensinam-nas, com mesnos de 5 anos, a fazer uso de armas pesadas e ainda recebem uma lavagem cerebral para se tornarem mártires para causar ainda mais vítimas do outro lado.

Os lideres palestinos não possuem nenhum sentimento humanitário como se espera para uma população cansada e calejada de sofrimento. Pois se tivessem, não mandariam para o suicídio os seus parentes e as suas crianças. Enquanto esses covardes assassinos se escondem em outros países ou até mesmo provocam escudos humanos entre a população civil, como vemos hoje na faixa de Gaza.

O Hamas, que há muito tempo promove barbáries dentro e fora de Gaza, transformou-se num partido político somente para dar legitimidade ao seu terrorismo praticado diariamente nas ruas de Gaza. O Hamas matou, perseguiu, torturou e aniquilou todos os "inimigos da Fatah", o partido moderado que hoje é representado pelo incompetente Mahmoud Abbas.

Senhores, como pode um grupo terrorista, dizendo-se líder do povo palestino matar nossos irmãos? Como entender que eles não estão defendendo nosso povo, mas sim os seus próprios ideais que não refletem seuqer a opinião da maioria desse meu povo palestino? Matar palestinos somente porque não concordam com seus atos e idéias é arcaico e acima de tudo terrorista. Sobrou a Cisjordânia para o Fatah e que se não tomarem cuidado, servirá de base para mais atos de violência dos terroristas do Hamas.

Vocês podem argumentar que os terroristas do Hamas praticam atos sociais e de solidariedade, mas não acreditem em tudo que vêem na mídia e muito menos em tudo que ouvem. Para que vocês consigam compreender, faço uma analogia com os traficantes no Rio de Janeiro: é legitimo o que eles fazem? Aliciar crianças inocentes para o tráfico de drogas, colocando armas pesadas nas suas mãos? Acredito que não, mesmo que os traficantes promovam atos sociais e atos solidários com os moradores dos morros onde estão alojados, continuam do mesmo modo a desrespeitar o direito das crianças crescerem com educação saudável e não para a guerra. É assim que os terroristas do Hamas fazem também.

Amigos brasileiros que tanto respeito e a quem tanto quero bem, faço um apelo como palestino, como muçulmano, mas acima de tudo como um ser humano que não aguenta mais ver a ignorância e a falta de conhecimento por parte de muitas pessoas neste lindo Brasil: Parem de atacar Israel, parem de atacar os judeus e parem 
também de achar que o povo palestino é somente de terroristas. Há muita gente boa, inocente e que não quer mais conflitos com os israelitas e não os odeiam, assim como não odeiam os americanos.
Muita gente que reside lá, incluindo a minha família está cansada de tanta dor e sofrimento e sabemos que devemos ter uma convivência pacífica com Israel, afinal, é de Israel que vem a nossa água, a nossa comida, o nosso trabalho e o nosso dinheiro.

Israel inclusive nos oferece ajuda militar sabiam? Quando houve acordo com a Autoridade Palestina no governo de Arafat, a policia de Israel treinou muitos de nossos homens que não queriam envolvimento com o conflito para que pudessem trabalhar na ordem das nossas cidades. Israel ofereceu treinamento para seus supostos inimigos, inclusive armamento para que tivéssemos nossa própria segurança.

Terroristas que tentaram e não conseguiram explodir-se nas cidades de Israel, receberam atendimento médico nos hospitais israelitas! E muitas das escolas em Israel promovem a educação igualitária com alunos palestinos e judeus, convivendo em perfeita harmonia e recebendo educação sadia e de respeito ao próximo. Diferentemente do que acontece em Gaza, por exemplo.

Se os nossos lideres não fossem tão burros e estúpidos, o nosso povo sofrido não teria mais o que reclamar, pois em Israel estão as maiores oportunidades para um palestino que vive em Gaza ou na Cisjordânia. Quem tem um mínimo de inteligência sabe que não vai conseguir nunca varrer Israel do mapa ou exterminar todos os judeus, como apregoam certos lideres maníacos do nosso lado.

Quanto ganharíamos se estivéssemos do lado de Israel e dos judeus? Por que aqui no Brasil a convivência entre os dois povos sempre foi motivo de orgulho e quando estamos em sociedade ganhamos em tudo?

Meu tio recebeu visto de trabalho em Israel. Todos os dias levantava-se cedo e ia trabalhar para Israel e e de noite voltava para a sua casa em Gaza. Quando o Hamas tomou o poder à força e iniciou seus diários ataques as cidades israelenses, o meu tio perdeu o emprego e a fronteira foi fechada. A culpa é de Israel? Do meu tio que nunca odiou os judeus? Não, a culpa é dos terroristas do Hamas. Meu tio hoje continua a não odiar os israelitas e os judeus.
O povo palestino foi expulso de diversos paises chamados "amigos dos palestinos", incluindo Jordânia, Líbano, Síria e Líbia. O Egipto fecha sua fronteira com Gaza porque não nos querem por lá, inclusive no tratado de paz com Israel, na devolução do Sinai ao Egipto, foi oferecido por Israel devolver Gaza também e os egípcios não quiseram porque chamaram de terra sem lei e o pior lugar do mundo para se viver.
Por que paises fortes e com um território gigantesco como Arábia Saudita, Jordânia, Irão e outros não tão grandes, mas muito ricos, como Kuweit, Emirados Árabes ou Catar não nos recebem de braços abertos? Preferem somente financiar atentados terroristas e mandar todo seu dinheiro para lideres palestinos terroristas e que não pensam no bem estar da população, mas somente em enriquecimento próprio e incentivo ao ódio e intolerância?

Por isso, meus amigos, escrevo esta mensagem. Sei que esta carta não vai fazer nenhum dos dois lados pararem com o actual conflito e muito menos mudar o pensamento dos lideres que hoje determinam o rumo do meu povo palestino, mas se servir para fazer o povo brasileiro pensar nisso e entender que não precisamos importar um conflito que não serve para nada aqui e também para que todos vocês realmente entendam quem são os principais responsáveis pela matança generalizada que ocorre atualmente em Gaza, fico feliz.

Israel não é culpado. Israel defende-se dos irresponsáveis lideres terroristas palestinos que diariamente atacam o nosso vizinho com os seus foguetes caseiros para depois se esconderem atrás de mulheres e crianças, colocando toda a culpa nos israelitas. Esses terroristas, que infelizmente também são palestinos, escondem-se covardemente em áreas altamente populosas para causar ainda mais mortes e conseguirem fotos sensacionalistas nos jornais do mundo todo.

O povo palestino também não é culpado. O povo palestino, à excepção desses terroristas que são uma minoria, quer a paz, quer o convívio pacifico com Israel e com os judeus. O povo palestino quer uma vida digna e viver no seu território chamando-o "lar", sem precisar fugir para qualquer outro país maravilhoso como o Brasil como eu fiz, pois a Palestina é o melhor lugar para viver um palestino.

Pensem nisso antes de escolher algum lado no conflito, mas acima de tudo, escolham o lado da paz, da tolerância e do respeito com quem quer que seja.

Grato,

Achmed Assef
achmedassef@gmail.com"

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